Sessenta milhões. Este é o número de garrafas tipo pet produzidas todos os meses em São Paulo. Sem muitos projetos eficientes de coleta seletiva, boa parte destas embalagens acaba dentro dos rios, poluindo cada vez mais águas como as do Rio Tietê. Mas, há cinco meses, equipamentos importados dos Estados Unidos têm modificado a rotina dos freqüentadores do Supermercado Extra, de São Caetano do Sul, Grande São Paulo. Lá foram instaladas duas máquinas de coleta seletiva: uma que recebe garrafas tipo pet e outra latinhas de alumínio. A cada embalagem depositada, a máquina emite um bônus que oferece desconto na compra de produtos no supermercado. A idéia deu tão certo que, em menos de 120 dias, foram coletadas 120 mil garrafas pet. “Trazer a embalagem para o supermercado tornou-se uma rotina lucrativa para as pessoas de São Caetano”, avalia Mário Jussiani, diretor da empresa Redline, responsável pela distribuição dos equipamentos no Brasil. Segundo ele, nos Estados Unidos, onde as máquinas estão instaladas há doze anos, já foram recolhidas 40 bilhões de embalagens pet. No Brasil, a expectativa é de que este número de embalagens coletadas omente através do equipamento seja superior a 1 milhão por mês até o final do ano. O otimismo não é sem razão. Até o final de agosto, a Rede Extra vai contar com equipamentos de coleta seletiva instalados em mais dez lojas. Parabéns ao Extra pela iniciativa – tomara que a decisão seja adotada por toda a rede e, porque não, por todos os supermercados do Brasil.
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